Doença de Crohn

A doença de Crohn é uma doença inflamatória crônica, que pode comprometer qualquer segmento do aparelho digestório, desde a boca até o ânus e a região perianal, porém os locais mais afetados são o íleo terminal (Intestino delgado) e o cólon. É peculiar da doença o acometimento segmentar da inflamação, entremeada por áreas normais do intestino. A lesão pode estender-se para todas as camadas do intestino causando espessamento e estreitamento intestinal.

A doença pode evoluir com crises intermitentes, alternados com fases de remissão (alcamia) de duração variável. A causa da doença de Crohn continua desconhecida, embora considerável progresso tenha ocorrido nos últimos anos. Estima-se que a doença se desenvolva em pessoas geneticamente predispostas, associados a fatores provavelmente ambientais ou infecciosos. O componente genético é mais forte na doença de Crohn do que na retocolite ulcerativa. O tabagismo aumenta o risco da doença de Crohn por mecanismos ainda desconhecidos.

A doença tem distribuição uniforme entre os sexos e costuma acometer pessoas jovens, com um pico de incidência entre 15 e 30 anos de idade, embora possa ocorrer em qualquer idade. Aproximadamente 10% dos casos ocorrem em indivíduos menores de 18 anos e um segundo pequeno pico pode ocorrer em indivíduos de 50 a 70 anos de idade. A doença quando de longa duração (>8 a 10 anos), associa-se a um risco aumentado de câncer de intestino.

A doença de Crohn apresenta manifestações clínicas diversas, que são determinadas por vários fatores, como: localização e extensão da doença, grau de atividade e gravidade do processo inflamatório; associação com as manifestações extraintestinais (articulações, pele, olhos, fígado, etc.); complicações da doença além da presença de outras patologias (diabetes, hipertensão, cardiopatias, entre outros).

Os sintomas variam de leves a severos durantes as recaídas e podem desaparecer ou diminuir durante as remissões. A doença de Crohn pode manifestar-se por sintomas gastrointestinais, sintomas extraintestinais ou a combinação dos dois. Os sintomas são variados, mas tipicamente incluem: dor abdominal (em 70 a 80 % dos casos), diarreia (em 70 a 75% dos pacientes) e perda de peso (em 60% dos pacientes). Sintomas de mal-estar, perda de apetite ou febre são comuns. A doença pode evoluir para obstruções intestinais por estenoses, fístulas na região perianal ou abscessos.

O exame físico dos pacientes com doença de Crohn varia desde a normalidade até múltiplas alterações. Os pacientes podem apresentar-se com anemia, desnutrição, emagrecimento e febre. Quando a doença incide na infância, pode existir retardo de crescimento e desenvolvimento. O exame físico abdominal pode apresentar dor no quadrante inferior direito do abdome, massas palpáveis e trajetos fistulosos.

Pode ocorrer distensão abdominal com ou sem obstruções intestinais.

O diagnóstico da doença é confirmado por avaliação clínica pelo médico especialista e uma combinação de investigações baseadas em exames laboratoriais, endoscopia, radiologia e histologia (biópsias).

O tratamento na grande maioria dos casos é medicamentoso e tem o objetivo de diminuir os sintomas da fase aguda e manter o controle da doença. O tratamento cirúrgico é necessário para tratar obstruções, complicações supurativas e doença que não responde ao tratamento medicamentoso.

A terapia para a doença de Crohn é um campo em rápida evolução, com novos medicamentos sob investigação que, provavelmente, mudarão as estratégias terapêuticas para o futuro.

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