

A falta de apetite torna-se evidente quando a pessoa passa a comer menos do que o habitual ou quando deixa de se alimentar. As causas são múltiplas: dificuldade de deglutição, náusea, vômitos, modificações no paladar ou no olfato, depressão, dor, sensação de "empachamento" ou crescimento tumoral. Em geral, a perda do apetite é um problema temporário. Algumas pessoas comem pouco por razões financeiras.
A variação de peso é bastante comum durante o tratamento. A falta de apetite, a diminuição na ingestão, vômitos, diarreia e desidratação podem causar a perda de peso. Um ganho de peso pode ser consequência do aumento de ingestão ou de retenção hídrica. O médico deve ser informado sempre que ocorrer uma variação de peso superior a 2,5 kg em uma semana. Com a perda de peso, a pessoa pode se sentir fraca e sem ânimo para realizar suas tarefas diárias. Um ganho lento de peso pode sugerir diabetes ou hipertensão arterial. Para detectar variações de peso, você pode se pesar uma vez por semana.
Para perda de peso:
Para ganho de peso:
Os soluços são contrações súbitas do diafragma (o principal músculo da respiração) entre os movimentos normais da respiração.
Os soluços são provocados pelo excesso de ar no estômago ou pela irritação do nervo que controla o diafragma.
Aftas, doenças na gengiva ou diminuição de plaquetas podem provocar sangramentos na boca. Em geral, o problema é passageiro. As plaquetas são responsáveis pela coagulação do sangue e a radio ou quimioterapia pode provocar redução de sua quantidade. Por este motivo, a pessoa com poucas plaquetas sangra facilmente, e pequenos traumas, como escovar os dentes, podem provocar sangramentos. A quimio ou radioterapia podem provocar outros efeitos colaterais, como secura excessiva da boca ou pequenas aftas.
A náusea é a sensação de enjôo; o vômito é a expulsão do conteúdo estomacal. A náusea não está necessariamente associada à comida. O vômito pode ocorrer mesmo que a pessoa encontre-se com o estômago vazio e não sinta náuseas. A náusea e o vômito podem ser causados pela ingestão de algo que desagrade a pessoa, ou por radio e quimioterapia. Muitos pacientes, entretanto, reagem à radio ou quimioterapia com pouco ou nenhum vômito. O câncer, por si só, pode causar náusea ou vômito. As vezes, apenas a lembrança do tratamento pode causar náusea e vômito. O vômito freqüente pode ser perigoso, por levar à desidratação ou à bronco-aspiração (a aspiração de comida ou líquido pelos brônquios).
Para náuseas:
Em caso de vômitos:
A constipação é a dificuldade para eliminação das fezes (geralmente ressecadas), frequentemente acompanhada de dor e desconforto. E causada pela falta de líquido e atividade no intestino. Os fatores que contribuem para esse problema temporário são: inatividade, ingestão inadequada de alimentos e líquidos, fraqueza generalizada, analgésicos e retenção voluntária das fezes.
Quando procurar o médico
Como prevenir
Pode ocorrer durante a evacuação como resultado de irritação intestinal. Também pode ser causado por esforço excessivo na hora de evacuação, ulceração ou tumor intestinal, hemorroidas (varicosidade ao redor do ânus), úlcera de decúbito, úlceras na região anal ou número insuficiente de plaquetas.
Atenção para
O que fazer
Evite
Quando procurar o médico
É a insuficiência de oxigênio no organismo. Ocorre quando os pulmões inspiram pouco ar, ou o oxigênio inspirado não chega à corrente sanguínea na quantidade necessária. São várias as causas desse problema: distúrbios pulmonares crônicos, obstrução das vias aéreas, pneumonia, dor, imobilidade, desnutrição, obesidade, stress ou ansiedade, cirurgia, anemia, efeitos colaterais de quimioterapia ou radioterapia, tumor ou líquido nos pulmões.
Atenção para
A coceira é uma sensação desagradável na pele, que induz a pessoa a coçá-Ia ou esfregá-la. Resulta em inquietação, ansiedade, feridas cutâneas e infecções. As causas comuns em pessoas com câncer, incluem ressecamento da pele, toxinas no sangue, alergia, efeitos colaterais das medicações e da quimio ou radioterapia.
Caracteriza-se por fraqueza geral, problemas para andar e dificuldades em se mover de um lugar para outro. Quando uma pessoa passa muito tempo na cama, seus músculos tendem a enfraquecer. Dores nas juntas ou pernas e efeitos colaterais da quimioterapia e radioterapia também podem dificultar a mobilidade pessoal. E importante movimentar-se ou exercitar-se o máximo possível, para evitar problemas associados à imobilidade, como falta de apetite, constipação, feridas cutâneas, problemas respiratórios, rigidez nas juntas e perturbações mentais.
Para os familiares
O inchaço (edema) é o acúmulo de água nos tecidos. As causas mais comuns são retenção de água e sal (devido a medicação ou insuficiência cardíaca, hepática ou renal), desnutrição, tumores pélvicos e obstrução das veias ou do sistema linfático. A água também pode se acumular no abdome, fazendo-o parecer inchado.
A realização de alguma atividade física é necessária para que ocorra dispêndio de energia. É importante que você exercite-se ao máximo de suas condições, para manter os músculos na melhor forma possível. O exercício ajuda a prevenir problemas que estão associados à imobilidade, como rigidez nas juntas, problemas respiratórios, constipação, escaras de decúbito, falta de apetite e problemas mentais.
O ferimento é uma lesão física que causa danos à estrutura orgânica. Pode se apresentar tanto na camada profunda quanto superficial da pele, ou comprometer simultaneamente as duas camadas. Os ferimentos podem ser causados por incisão cirúrgica, queda ou acidente, crescimento tumoral ou efeitos colaterais da radioterapia. E importante cuidar adequadamente de um ferimento, para assegurar sua cicatrização e evitar infecções. Cicatrizes são ferimentos curados.
É muito comum que o câncer gere ansiedade, medo e depressão no próprio paciente, entre os familiares e, até mesmo, nos profissionais de saúde. Esses sentimentos são normais e chegam até a ser úteis, pois são formas de lidar com a doença. O medo, a ansiedade e a depressão podem surgir quando parece impossível continuar desempenhando papéis familiares, quando ocorre uma perda no controle da própria vida, quando ocorrem mudanças na imagem corporal, ou diante do medo da morte, da dor e do desconhecido. Esse tipo de sentimento pode surgir entre os familiares diante do medo do futuro, da raiva por ter o câncer se manifestado sobre "esta" pessoa, da frustração por não conseguir "fazer mais" ou do stress gerado pelo excesso de responsabilidade no trato com o paciente. Esses sentimentos são formas de lidar com o stress do câncer.
Há momentos em que as pessoas ficam muito ansiosas, assustadas ou deprimidas. Torna-se impossível para alguém nessas condições lidar de modo adequado e produtivo com o seu dia a dia. Faz-se, então, necessário buscar assistência fora da família, para ajudar o paciente e a família a enfrentarem a situação.
Ansiedade e medo:
Depressão:
O cansaço manifesta-se como a falta de energia para realizar as atividades habituais ou desejadas. São muitas as suas causas: efeitos colaterais de quimioterápicos ou da radioterapia, depressão ou anemia.
É o tratamento com substâncias químicas ou remédios. Tradicionalmente, Quimioterapia significa a utilização de drogas no tratamento do câncer. O objetivo dos quimioterápicos é destruir as células cancerosas. Existem vários tipos de quimioterápicos. Cada um destrói as células de forma diferente e, também, provoca efeitos colaterais distintos.
Os quimioterápicos não conseguem diferenciar as células cancerosas das células normais. Portanto, células normais que se reproduzem rapidamente, como as células do estômago ou do bulbo capilar, são também afetadas pelo tratamento. Por isso, o paciente submetido à quimioterapia pode apresentar cansaço, diarreia ou queda de cabelo. Os quimioterápicos provocam náuseas ou vômitos porque agem diretamente sobre o intestino ou sobre o 'centro do vômito", localizado no cérebro. O uso de remédios e tratamentos ajuda a aliviar os efeitos colaterais provocados pela quimioterapia. E importante salientar que muitos pacientes não apresentam efeitos colaterais, ou são mínimos os efeitos por eles apresentados. E difícil saber de antemão quem é ou não propenso a apresentar esses efeitos colaterais: você pode estar no segundo grupo.
Há três aspectos básicos no hemograma. Primeiro, a contagem de hemoglobina, que avalia a capacidade das células vermelhas em transportar oxigênio. A quantidade normal de hemoglobina é 14-16 g/dl, embora a maioria das pessoas sinta-se bem com nível de até IO g/dl de hemoglobina.
Segundo, a contagem de células brancas, que avalia a capacidade do organismo de resistir às infecções. Uma contagem normal de células brancas é de 4.000 a 9.000. Um número baixo de células brancas significa propensão a infecções. Já uma grande quantidade de células brancas pode indicar uma infecção ou, mesmo, ser atribuída a alguma doença.
Terceiro, contagem de plaquetas, que avalia a capacidade de coagulação. A quantidade normal de plaquetas é de 150.000 a 300.000. A coagulação sem problemas é possível com um número de 100.000 plaquetas. Quando a contagem de plaquetas cai abaixo de 20.000 pode ocorrer uma grande hemorragia.
Baixa Taxa de Hemoglobina:
Baixa Contagem de Células Brancas:
Baixa Contagem de Plaquetas:
Através dos equipos de soro, os medicamentos são introduzidos diretamente no sangue. O equipo consiste em um tubo fino de plástico que sai de uma bolsa plástica (ou de uma garrafa de vidro) e vai até uma agulha que está introduzida dentro de uma veia. Em alguns pacientes, um tubinho é colocado diretamente nas grandes veias localizadas na região da clavícula, casos em que são utilizadas agulhas especiais. Pode parecer confuso que vários tubos e cateteres sejam usados para quimioterapia, antibióticos, hiperalimentação e oxigênio em um só paciente. Com o tempo, porém, sua manutenção torna-se simples. A enfermeira pode orientar. Em geral, depois de sair do hospital, os quimioterápicos e antibióticos são aplicados pela enfermeira na própria casa do paciente. Ela ensina os familiares a aplicarem outros remédios intravenosos.
Tubos para medicação intravenosa:
Nutrição Parenteral Prolongada (NPP)
Alimentação por sondas:
Esses problemas podem ser definidos como uma mudança no hábito de dormir. As pessoas que estão em tratamento de câncer podem se cansar muito facilmente e, em função disso, precisar de mais horas de sono que o normal. Às vezes, ocorre o contrário e a pessoa tem dificuldade para dormir. As razões para essas mudanças incluem dor , ansiedade, preocupação, depressão, sudorese noturna, ou efeitos colaterais da terapia. É importante prestar atenção a qualquer mudança.
A prótese é o substituto artificial de uma parte que é retirada do corpo por conter células cancerosas que poderiam se disseminar. As próteses ajudam a pessoa a ter um aspecto normal, como se nenhuma parte do corpo tivesse sido removida, além de ajudá-la a viver da forma mais independente possível. Há muitos tipos de prótese. No câncer, as mais utilizadas são para mama, braços e pernas, olhos e nariz e os implantes de testículos e pênis. As perucas usadas nos casos em que há queda temporária de cabelo, que pode ocorrer durante a quimioterapia, também podem ser consideradas próteses
Próteses de mama:
Próteses de pernas ou membros:
Próteses de testículos:
Implantes de pênis:
Quando procurar o médico
A sexualidade engloba todos os sentimentos e atitudes associados ao ato de se relacionar com alguém. Envolve desde dar as mãos, até olhares carinhosos, abraços, beijos etc. Não se resume à relação sexual. Este capítulo aborda os efeitos colaterais produzidos pelos diferentes tipos de tratamento, ligados, principalmente, à sexualidade física — bem como as formas de lidar com esses problemas. É de importância fundamental, porém, que você exponha suas dúvidas e sentimentos ao médico ou à enfermeira e, principalmente, à pessoa com a qual você se relaciona. Lembre-se de que calor humano, carinho, aproximação física e intimidade emocional, são tão necessários e gratificantes quanto qualquer outro tipo de contato humano.
Para os homens:
Mulheres:
Homens e Mulheres com Ostomias:
Todo o corpo contém líquidos (água). É limitada a tolerância do ser humano a mudanças nos líquidos corpóreos: alterações muito fortes provocam alguns sintomas. O equilíbrio hídrico ocorre quando os líquidos corporais estão distribuídos adequadamente e na quantidade correta. O inchaço indica excesso de líquido no corpo. A desidratação corresponde à falta de água ou à má distribuição no organismo.
São problemas de deglutição a dificuldade de engolir alimentos líquidos ou sólidos. Ao comer ou beber, a pessoa se engasga, tosse, regurgita ou reclama de dor na garganta. Estes problemas podem ter várias causas: infecções da boca ou esôfago (sapinho), efeitos colaterais temporários da quimioterapia ou radioterapia na região do tórax ou pescoço.
As aftas assemelham-se a pequenos machucados ou cortes na boca. Podem ser vermelho-vivo ou ter uma placa branca no centro e sangrar. As aftas costumam aparecer 1 a 2 semanas depois da quimioterapia. Também podem ser causadas por radioterapia, inalação de oxigênio, infecções, desidratação, falta de higiene oral, uso de álcool ou fumo, dieta pobre em proteínas. A cicatrização pode levar de 2 a 4 semanas.
ou
ou
Ocorre quando não se produz saliva suficiente. Pode ser causada quando a pessoa respira pela boca. Pode ser efeito colateral de alguns medicamentos, complicação da radioterapia nas regiões da cabeça e do pescoço ou resultado de desidratação.
A diarréia é a liberação de fezes soltas ou aquosas três ou mais vezes por dia, com ou sem mal-estar. Por alguma razão, a água do intestino não está sendo reabsorvida para o corpo. Às vezes, a diarréia é causada pelo excesso de líquido retido no intestino. Outras causas são: infecções bacterianas e virais; efeitos colaterais de medicações ou da quimio ou radioterapia no abdome; cirurgia; ansiedade; suplementos alimentares ricos em vitaminas, sais minerais, açúcar; aumento do tumor. A diarréia causada por quimioterapia ou radioterapia pode durar até três semanas após o tratamento.
Ocorre quando o paciente está tendo hemorragia em alguma parte do sistema urinário, e o sangue é eliminado pela urina. As causas comuns são infecções urinárias, lesões no trato urinário, cálculos renais ou da bexiga, crescimento tumoral ou distúrbios de coagulação.
Atenção para
O que fazer
Evite
Quando procurar o médico
Considera-se febre a temperatura do corpo a partir de 37,50C, que persiste por um ou mais dias. E normal a temperatura subir um pouco à noite. Em geral, a febre é provocada por infecções: virais (nesse caso, tratam-se apenas os sintomas), ou bacterianas e fúngicas (nesses casos, existem medicamentos específicos). A febre também pode ser causada por inflamações, reações a medicamentos, crescimento tumoral ou, mesmo, sem motivos aparentes. Durante uma infecção, a febre é uma resposta do organismo, que se "aquece" na tentativa de destruir os invasores. As pessoas que recebem quimioterapia têm maior tendência a contrair infecção, já que possuem menor número de glóbulos brancos (que são essenciais para sua defesa). A febre é um importante mecanismo de defesa natural.
As alterações na cor da pele podem corresponder a algum tipo de alteração no organismo. Por exemplo: a pessoa com aparência amarelada apresenta problemas no fígado; com aparência azulada, apresenta problemas respiratórios; com manchas roxas, apresenta problemas de coagulação sanguínea; com aparência avermelhada, apresenta problemas cutâneos. As alterações orgânicas podem ser provocados por crescimento tumoral, exposição ao sol ou efeitos colaterais da quimioterapia e radioterapia.
Atenção para
O que fazer
Se a pele apresentar um tom amarelado:
Se a pele estiver avermelhada ou com brotoejas:
A pele ressecada apresenta-se áspera, descamando, avermelhada e, às vezes, dolorida. O ressecamento é causado pela falta de óleo e água nas camadas da pele. Desidratação, calor, frio e efeitos colaterais da radio ou quimioterapia são as causas mais comuns.
A sudorese excessiva é uma forte transpiração que, às vezes, ocorre à noite e não é causada por mudanças externas de temperatura. Pode ser bastante forte, a ponto de ensopar a roupa de uma pessoa. A sudorese pode ocorrer quando baixa a febre.
A febre pode ocorrer mesmo sem infecção. A queda de temperatura do corpo também pode provocar sudorese excessiva.
Quedas são acidentes que ocorrem quando uma pessoa, inesperadamente, cai no chão. Uma pessoa que se encontra com dificuldades para manter o equilíbrio, confusa ou fraca tem grande risco de cair. Com problemas dessa natureza, ela pode escorregar da cama ao se levantar, cair do vaso sanitário, escorregar na banheira ou ducha ou, mesmo, perder firmeza ao andar. Veja, a seguir, o que os familiares devem fazer nesses casos.
O que fazer
Evite
Quando devo procurar o médico
Como tentar prevenir
A contração dolorosa dos músculos pode provocar câimbras ou espasmos nas pernas. Ficar muito tempo na cama pode causar câimbras nos pés ou nas pernas. Outras causas são a compressão nos músculos da panturrilha ou na parte anterior do joelho, excesso de fósforo, carência de cálcio ou de potássio no organismo.
A convulsão é o movimento involuntário e sem controle dos músculos, normalmente acompanhado de perda da consciência. Em geral, a convulsão dura menos de cinco minutos. É seguida por um período de sonolência e confusão mental, que pode durar várias horas. Destacam-se entre as causas: febre alta, pancada na cabeça, infecções dos líquidos espinhal e cerebral, desequilíbrio metabólico e crescimento tumoral na espinha ou no cérebro. A seguir, informações que ajudam os familiares a lidar com convulsões.
Estoma é uma abertura cirúrgica, no corpo, que substitui uma abertura natural. E feito quando a abertura natural está bloqueada por tumor ou pela remoção deste no tratamento do câncer. Os estomas são, portanto, uma alternativa necessária à realização das funções orgânicas. Os três tipos de estomas mais comuns no tratamento do câncer são: a colostomia, no intestino grosso; a traqueostomia, na traqueia ou via respiratória; e a urostomia, na bexiga ou no trato urinário.
Traqueostomia:
Urostomia e colostomia:
Traqueostomia:
Urostomia e colostomia:
Traqueostomia:
Urostomia e colostomia:
A radioterapia é a aplicação de um raio invisível em determinadas regiões do corpo. A radiação diminui o tamanho dos tumores e alivia os sintomas. Alguns cânceres podem ser curados pela radioterapia (câncer da laringe e doença de Hodgkin),e outros cânceres (câncer da mama e sarcomas) podem ser tratados com radioterapia seguida de cirurgias mais conservadoras, preservando-se, assim, partes importantes do corpo.
Pessoas sadias não devem ser expostas à radioterapia, pois ela pode causar problemas; o benefício para pacientes com câncer, porém, supera em muito os riscos provocados pela radioterapia e, neste caso, tal preocupação não se justifica. Para não expor familiares e amigos à radiação, eles não devem ficar ao lado do paciente durante o tratamento. O paciente fica sozinho na sala de radioterapia, mas estará sendo observado por técnicos através de um circuito fechado de televisão.
Os efeitos colaterais da radioterapia dependem da região anatômica tratada. Avanços tecnológicos possibilitaram a concentração da dose em cima do tumor, evitando, assim, que outras áreas do corpo sejam afetadas. Se o tratamento é no tórax, por exemplo, não provocará queda de cabelos, náuseas ou vômitos. Mas se é o cérebro que precisa de tratamento, esperam-se queda de cabelo, náuseas e vômitos, pois o "centro da náusea" fica no cérebro. O radioterapeuta, médico especializado em radioterapia, pode dar mais detalhes sobre os efeitos colaterais esperados no seu caso. Pergunte! Todas as perguntas são importantes.
O corpo produz substâncias chamadas hormônios. Os hormônios produzidos pelas glândulas supra-renais, localizadas acima dos rins, são denominados corticóides ou corticosteróides
Os hormônios femininos, produzidos pelos ovários, são chamados estrógenos. Já os hormônios masculinos, produzidos pelos testículos, são denominados andrógenos. Alguns exemplos de corticóides incluem a prednisona e a dexametasona. Entre os estrógenos, destaca-se o dietilestilbestrol (DES) e, entre os andrógenos, a testosterona e a fluoximesterona.
Os estrógenos são usados no tratamento do câncer da próstata e da mama, os andrógenos são úteis no tratamento do câncer da mama.
Outros hormônios também utilizados no tratamento do câncer da mama são a progesterona e o tamoxifen, um antiestrogênico.
Os corticóides são usados no tratamento de vários tipos de câncer para aliviar a náusea, melhorar o apetite e diminuir o inchaço provocado pelo câncer no cérebro.
Corticóides:
Estrógenos:
Andrógenos:
Às vezes, depois da alta hospitalar, o tratamento do câncer continua em casa, e o paciente poderá tomar comprimidos, quimioterápicos na veia, injeções de antibióticos e outros tipos de tratamento em sua própria casa. Converse com o médico; é importante tomar corretamente os medicamentos e prestar atenção aos possíveis efeitos colaterais. Uma enfermeira poderá passar periodicamente na casa do paciente para administrar o tratamento e verificar como está o paciente.
Comprimidos:
Medicação intravenosa (IV):
Medicação subcutânea:
Quando as pessoas se queixam de dor, geralmente algo as está machucando em algum lugar do corpo. A dor porém, às vezes, é generalizada e não se limita a um ponto específico do corpo. A dor pode parecer ainda maior quando a pessoa está deprimida. Conforme o modo como foi criada, os exemplos que teve na vivência com a família ou sua personalidade, a pessoa se queixará ou não da dor. Em geral, expressarão a dor da mesma maneira que no passado, antes da doença.
A dor, mesmo a mais severa, pode ser controlada através de combinações de remédios que podem ser tomados por via oral. Em geral, há narcóticos nessas combinações. A pessoa que toma narcóticos não se torna um "viciado", no sentido tradicional da palavra, nem passa a consumir drogas por prazer. Na verdade, depois de algum tempo, seu organismo torna-se dependente do remédio — o que também ocorre com o diabético, que precisa de insulina, ou com o paciente com insuficiência cardíaca, que necessita constantemente de medicação. A medida que a dor desaparece durante o tratamento de radio ou quimioterapia, a necessidade de medicação também diminui.
O couro cabeludo normal contém cerca de 100 mil fios de cabelos que crescem continuamente— sendo que os fios velhos caem e são substituídos por novos. No tratamento de câncer, pode ocorrer queda de cabelos (alopecia), em parte ou total. Em geral, os cabelos caem aos punhados, durante a lavagem ou escovação. Às vezes, são encontrados chumaços de cabelo no travesseiro pela manhã.
É normal que homens e mulheres sintam-se angustiados diante da queda dos cabelos. É importante entender o que provoca a queda e saber que há maneiras de minimizá-la. Lembre-se de que isso é temporário, pois os cabelos sempre voltarão a crescer.
A queda dos cabelos ocorre porque os quimioterápicos circulam pelo organismo destruindo as células cancerosas. Alguns desses medicamentos causam danos à raiz dos cabelos provocando a queda, que ocorre em alguns pacientes, e não em outros, mesmo quando são usadas as mesmas drogas. Nem todas as drogas provocam a queda dos cabelos. Algumas podem provocar a queda dos cabelos e dos pelos de qualquer parte do corpo; outras provocam a queda apenas na cabeça. A radioterapia na cabeça quase sempre causa a queda dos cabelos e, às vezes, conforme a dose de radiação, o cabelo não volta a ser como antes. Quando ocorre, a queda dos cabelos geralmente começa duas semanas após o início da terapia, agravando-se 1-2 meses depois. O crescimento do cabelo, às vezes, começa antes mesmo do fim da terapia.
O cuidado com a aparência é algo natural, intrínseco a todas as criaturas vivas: homens, mulheres e até animais cuidam de si próprios e da aparência, para apresentarem-se diante dos outros da melhor forma possível. Cuidar da aparência e apresentar-se com o seu melhor visual faz com que você se sinta bem consigo mesmo, aumentando sua autoestima em qualquer circunstância. Isso é ainda mais importante quando estamos doentes, pois ficamos inclinados a uma queda da autoestima.
Além dos hábitos rotineiros de saúde e higiene, também é preciso investir mais tempo e energia na aparência. Estar com aspecto atraente ajuda a sentir mais confiança e controle.
Às vezes, as crianças são as últimas a saber da existência de um caso de câncer na família. Elas não entendem a mudança de humor de seus pais nem os motivos de o pai ou de a mãe passarem mais tempo deitados, ou de elas serem obrigadas a ficar mais tempo sob os cuidados de outros familiares. É muito importante que as crianças compreendam o que está ocorrendo em suas vidas, e que possam fazer perguntas e se expressar livremente.
Alguns exemplos dados pela publicação do National Institute of Health:
O diagnóstico de câncer é um problema não apenas para o paciente, mas também para os seus amigos e familiares. Muitas vezes as pessoas não sabem o que dizer; podem se sentir assustadas ou tristes e ter medo de magoá-lo. Às vezes, é mais fácil a pessoa se afastar. Algumas pessoas têm facilidade para conversar e outras podem se tornar excessivamente protetoras. Não existe "certo" e "errado" nas relações entre as pessoas, porque cada um tem seu próprio jeito e lida a sua maneira com a situação.
A seguir, apresentamos algumas sugestões que poderão ajudar os amigos e familiares do paciente com câncer.
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