A fissura anal é uma pequena úlcera ou corte no revestimento do canal anal. Pode ocorrer em qualquer faixa etária em ambos os sexos. Os sintomas são de dor e pode ocorrer sangramento durante e após evacuação, além de coceira e inchaço local. A fissura anal pode se manifestar de forma aguda ou crônica.
As causas podem estar relacionadas a trauma do canal anal, hipertonia do esfíncter ânus, ambas podendo ocorrer tanto pela defecação de fezes endurecidas, (constipação intestinal) quanto pela diarreia. O somatório destas condições leva à diminuição do aporte de sangue ao local (hipoperfusão e isquemia) prejudicando as condições necessárias para cicatrização da fissura.
O tratamento da fissura anal pode ser conservador ou cirúrgico.
O tratamento clínico ou conservador envolve pomadas anestésicas, medicações, adequação da dieta e ingesta líquida e realização de fisioterapia pélvica para desenvolvimento da percepção e relaxamento do assoalho pélvico.
A fisioterapia pélvica para os distúrbios da defecação, é uma área de atuação relativamente nova e deve ser altamente recomendada uma vez que estes distúrbios levam a alterações biopsicossociais e necessitam de uma abordagem multiprofissional com proctologista, fisioterapeuta especializado, nutricionista e psicólogo. São utilizados vários recursos terapêuticos como eletroestimulação, biofeedback, técnica do balonete, terapia comportamental e exercícios para treinamento dos músculos do assoalho pélvico. O objetivo é alívio da dor, melhora da circulação local e diminuição da tensão muscular.