O termo incontinência anal (IA) é utilizado para englobar a perda involuntária tanto de material fecal (sólido ou líquido) quanto de gases. É caracterizada pela incapacidade de manter o controle fecal em local e tempo socialmente adequados. É uma condição de grande impacto psicossocial, prejudicando a qualidade de vida dos pacientes acometidos.
Embora afete ambos os sexos em todas as idades, a incontinência fecal é oito vezes mais comum em mulheres do que em homens na população geral, sugerindo fatores obstétricos em sua etiologia. Alguns fatores de risco para incontinência anal incluem mulheres que tiveram partos normais, lesões obstétricas, obesidade, tempo de trânsito intestinal, consistência das fezes e fatores neurológicos e cognitivos. Devido a causa ser multifatorial, muitas vezes o tratamento necessita de uma equipe ou abordagem muldisciplinar com proctologista, fisioterapeuta, nutricionista, enfermeira, psicóloga.
O Tratamento Fisioterapêutico inclui a utilização de recursos como: Treinamento do assoalho pélvico com equipamento de Biofeedback (biofeedback anorretal) Eletroestimulação de superfície e/ou endoanal, treinamento com balonete retal, exercícios respiratórios, abdominais, pélvicos, perineais, associados à reeducação postural.