Doenças Anorretais

Incontinência Anal

Incontinência Anal

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A incontinência anal é definida como a incapacidade de controle de eliminação de gases e/ou fezes de qualquer consistência pelo ânus. A incontinência específica somente para fezes é denominada incontinência fecal.

Pode afetar indivíduos em qualquer faixa etária e é mais frequente em mulheres e idosos. Mulheres são mais propensas a apresentar incontinência anal, em razão da possibilidade de ocorrência de lesão do nervo pudendo ou do esfíncter anal, consequente ao trauma obstétrico.

A incontinência anal pode apresentar três padrões distintos:

 

  • Escape anal ou soiling: perda de pequena quantidade de fezes sem percepção, proporcionando sinais de manchas, fezes ou muco na roupa intima.
  • Urgência evacuatória: perda de conteúdo retal, apesar de tentativas voluntárias de contração da musculatura anal.
  • Incontinência passiva: perda involuntária do conteúdo retal sem percepção.

 

QUADRO CLÍNICO

A etiologia da incontinência fecal é multivariada. As causas podem ser traumáticas, neurológicas, medicamentosas ou decorrentes de outras anormalidades.

A principal causa da lesão muscular anal é o trauma decorrente do parto vaginal.

Outras causas de incontinência anal incluem traumas cirúrgicos, neuropatia secundária ao excessivo esforço evacuatório, doenças neurológicas, lesão da coluna vertebral ou medicamentos.

 

DIAGNÓSTICO

  • História clínica e exame físico proctológico.
    A abordagem clínica detalhada deve ser obtida com ênfase a certos aspectos, como:
    - Tipo de incontinência (gases, líquidos e/ou fezes)
    - Padrão da incontinência (escape anal, urgência evacuatória e/ou incontinência passiva).
    - Tempo e duração do sintoma.
    - Habilidade do paciente para discriminar entre fezes formadas e gases.
    - Uso de proteção das vestes ou outros dispositivos.
    - Investigação de incontinência urinária associada.
    - Impacto na qualidade de vida.

O exame físico deve ser realizado minuciosamente, abordando o exame físico geral, abdominal, proctológico e complementado pelo exame neurológico.

  • Avaliação por meio de métodos diagnósticos em motilidade digestiva baixa.
    - Manometria anorretal.
    - Ultrassonografia endoanal.
    - Ressonância magnética pélvica.
    - Tempo de latência do nervo pudendo.
    - Vídeodefecografia.

 

TRATAMENTO

  • Medidas de suporte
  • Tratamento medicamentoso
  • Biofeedback anorretal
  • Terapias alternativas (radiofrequência e agentes de preenchimento).
  • Tratamento cirúrgico.

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