Download PDF O QUE VOCÊ PRECISA SABER SOBRE
A colite isquêmica é uma doença frequente no paciente idoso. Caracteriza-se pela isquemia transitória do cólon. Não se conhece por completo a causa do processo de comprometimento do fluxo sanguíneo intestinal e, na maioria dos casos, não é possível demonstrar a oclusão vascular por exames.
Na maioria dos casos, não se identifica uma causa específica da colite isquêmica.
O mecanismo principal envolvido parece ser o comprometimento agudo e autolimitado do fluxo sanguíneo inadequado à demanda metabólica do cólon.
Dentre os fatores envolvidos são citados o aumento da demanda de fluxo sanguíneo para o cólon por uma maior atividade motora ou refeição copiosa, deficiência pregressa do fluxo por alterações pré–existentes e diminuição do fluxo sanguíneo no cólon, desencadeada por alterações ambientais, funcionais e doenças cardiovasculares.
A colite isquêmica em indivíduos jovens tem sido descrita com maior frequência, e a etiologia inclui: vasculites (principalmente lúpus eritematoso sistêmico), reações medicamentosas, anemia falciforme, coagulopatias, utilização de cocaína e participação em corridas de longa distância.
As formas agudas leves da colite isquêmica devem ser diferenciadas da colite de origem infecciosa, doenças inflamatórias intestinais e colite induzida por medicamentos. As formas agudas graves devem ser diferenciadas da isquemia mesentérica aguda e da isquemia mesentérica crônica.
QUADRO CLÍNICO
O quadro clínico típico é de dor abdominal em aperto, aguda, localizada no flanco e na fossa ilíaca esquerda, distensão abdominal acompanhada de tenesmo e sangramento intestinal.
A manifestação pode variar desde uma leve dor até dor intensa, quando ocorre peritonite, gangrena ou perfuração.
Classificamos a colite isquêmica em três graus de gravidade.
- Forma leve
- Forma intermediária
- Forma mais graves
Podemos classificar também em colite isquêmica gangrenosa e não-gangrenosa.
DIAGNÓSTICO
- História clínica e exame físico minucioso.
- Exames laboratoriais
- Exames radiológicos (radiografia simples do abdome e enema opaco).
- Exames de imagem (tomografia computadorizada do abdome e ressonância magnética abdominal).
- Exames endoscópicos (colonoscopia).
TRATAMENTO
A conduta depende da gravidade do acometimento.
- Tratamento clínico
- Tratamento cirúrgico
O tratamento cirúrgico está indicado nas formas gangrenosas ou nas formas crônicas (estenose segmentar).
A recorrência tem relação com o tabagismo e portadores de aneurisma de aorta.