Download PDF O QUE VOCÊ PRECISA SABER SOBRE
HEMORRAGIA DIGESTIVA ALTA
A hemorragia digestiva alta é uma causa comum de admissão hospitalar. É definida como o sangramento originário proximalmente, isto é, no esôfago, estômago ou duodeno.
As causas mais comuns de hemorragia digestiva alta são:
- Úlcera péptica
- Lesão aguda da mucosa gastroduodenal
- Varizes de esôfago
- Laceração da transição esofagogástrica em casos de vômitos incoercíveis (síndrome de Mallory-Weiss).
A hemorragia disgestiva alta é dividida em varicosa e não-varicosa.
- Hemorragia digestiva alta varicosa: complicação mais grave da cirrose hepática (varizes de esôfago)
- Hemorragia digestiva alta não-varicosa: à úlcera gastroduodenal é a causa mais frequente e representa 40 a 70% dos casos.
QUADRO CLÍNICO
Os principais achados clínicos são hematêmese, melena e entenorragia. A hematêmese é definida como vômitos de sangue vivo, geralmente em grande volume. Melena é caracterizada por fezes enegrecidas, pastosas e de odor fétido e o sangramento volumoso pode também se exteriorizar como enterorragia. Ao exame físico, palidez cutâneo-mucosa, hipotensão e taquicardia são sinais que se correlacionam com a magnitude da perda sanguínea.
DIAGNÓSTICO
- Endoscópicas: endoscopia digestiva alta, colonoscopia, enteroscopia, cápsula endoscópica.
- Radioisotópicas: cintilografia com hemácias marcadas com Tecnécio
A endoscopia digestiva alta tem papel fundamental no diagnóstico, na estratificação do risco de ressangramento e no tratamento da hemorragia digestiva alta varicosa e não-varicosa.
TRATAMENTO
- O tratamento específico na hemorragia varicosa envolve o uso de drogas vasoativas, a terapia endoscópica, o tamponamento com balão esofágico, a colocação de TIPS ou as cirurgias de derivação portal.
- O tratamento específico na hemorragia não-varicosa depende da causa.
HEMORRAGIA DIGESTIVA BAIXA
A hemorragia digestiva baixa é definida como o sangramento originário distalmente ao ligamento de Treitz (duodeno). A hemorragia digestiva baixa corresponde a 20% dos casos de hemorragia gastrintestinal e é mais frequente em idosos. A grande maioria dos casos, o sangramento é autolimitado (para espontaneamente) de 80 a 90% dos casos.
A etologia varia conforme a faixa etária. Os pacientes acima de 60 anos apresentam mais frequentemente sangramento por doença diverticular, angiodisplasia e neoplasia colorretal; em pacientes mais jovens, a doença hemorroidária e a doença inflamatória intestinal são mais comuns.
O intestino delgado é responsável por aproximadamente 0,7 a 9% dos casos de enterorragia.
QUADRO CLÍNICO
O quadro clínico é variável, com sintomas que vão desde perda de pequenas quantidades de sangue vermelho-vivo, geralmente com as fezes (hematoquezia), até sangramento volumoso (enterorragia), o que pode provocar instabilidade hemodinâmica e necessidade de hemotransfusão.
O exame físico deve incluir exame retal minucioso com inspeção da região perianal e toque para a caracterização da perda sanguínea e para o diagnóstico de patologia orificiais.
DIAGNÓSTICO
- Colonoscopia
- Cintilografia
- Arteriografia
- Enteroscopia
- Cápsula endoscópica
TRATAMENTO
- Medidas gerais
- Tratamento específico
- Tratamento cirúrgico