Download PDF O QUE VOCÊ PRECISA SABER SOBRE
A microflora gastrointestinal é um complexo ecossistema de 300 a 500 espécies bacterianas que colonizam o trato alimentar logo depois do nascimento e que mantém sua composição relativamente constante por toda a vida.
O termo síndrome do supercrescimento bacteriano do intestino delgado (SSBID) tem sido empregado para definir o supercrescimento bacteriano levando à ocorrência de sintomas clínicos.
A população idosa é particularmente sensível à presença de supercrescimento bacteriano devido à hipocloridia e alteração de motilidade intestinal.
Em termos gerais, o quando clínico é decorrente de efeitos metabólicos intraluminais das bactérias e das lesões de mucosa que elas provocam.
As principais causas da síndrome do supercrescimento bacteriano são:
- Cirurgias gástricas
- Cirurgias intestinais
- Fístulas intestinais
- Diabetes Mellitus
- Esclerose sistêmica progressiva
- Doença de Crohn
- Hipotireoidismo
- Doença hepática
QUADRO CLÍNICO
As manifestações clínicas podem variar de acordo com a causa e com a intensidade do supercrescimento.
A síndrome clássica se caracteriza por anemia megaloblástica (decorrente do deficiência de vitamina B12), diarreia com perda de peso (decorrente de esteatorreia) e sintomas abdominais não-específicos (como flatulência, dor abdominal e plenitude pós-prandial).
DIAGNÓSTICO
- História clínica e exame físico
- Exames laboratoriais
- Testes respiratórios (teste de hidrogênio expirado)
TRATAMENTO
Os objetivos do tratamento da síndrome do supercrescimento bacteriano começam por tentar a correção da causa da condição que predispõe a doença. Dentre as medidas a serem tomadas são fundamentais:
- Reposição de vitaminas e suporte calórico
- Agente procinéticos
- Antibióticos
- Probióticos
Recomendam antibióticos de baixa toxidade e baixa absorção sistêmica : amoxilina-clavulanato (500g, a cada 8 h) ou norfloxacino (400mg, a cada 12h)ou metronidazol (250mg, a cada 8 h) como opções muito satisfatórias.