Download PDF O QUE VOCÊ PRECISA SABER SOBRE
A doença do refluxo gastroesofágico (DRGE) é uma afecção crônica decorrente do fluxo retrógrado do conteúdo gastroduodenal para o esôfago e/ou órgãos adjacentes.
É considerada, atualmente, uma das doenças crônicas mais importantes na prática médica, com elevada morbidade, prejuízo na qualidade de vida, recidivas frequentes e necessidades de uso contínuo de medicação.
QUADRO CLÍNICO
- Manifestações clínicas
- Pirose ( sensação de ardor ou queimação no peito / azia)
- Regurgitação ácida
- Manifestações atípicas
- Pulmonares (asma, tosse crônica, pigarro, bronquite).
- Otorrinolaringológicas (faringites, otites, sinusites e rouquidão).
- Orais (desgaste do esmalte dentário, aftas e halitose).
DIAGNÓSTICO
- História clínica: presença de pirose/regurgitação com frequência mínima de 2 vezes por semana, por período igual ou superior4 semanas.
- Endoscopia digestiva alta: distingue a forma erosiva da não-erosiva.
- PHmetria de 24 horas: caracteriza o refluxo e correlaciona os sintomas com episódios de refluxo.
- Manometria esofágica: Indicado na investigação de distúrbio motor esofágico.
- Exame radiológico contrastado do esôfago: útil para investigar estenoses (estreitamentos), úlceras e retrações, além de hérnia hiatal.
TRATAMENTO
- Medidas comportamentais
- elevar cabeceira da cama (utilize um calço de aproximadamente 10 - 15cm)
- Moderar a ingestão dos seguintes alimentos: gorduras, cítricos, bebidas alcoólicas, bebidas gasosas, menta, molho de tomate, chocolate e condimentos.
- Evitar deitar-se logo após as refeições.
- Evitar refeições copiosas, procurando fracionar as dietas.
- Suspender consumo de tabaco.
- Evitar líquidos durante as refeições.
- Redução do peso corpóreo.
- Tratamento medicamentoso
- Inibidores de bomba de prótons (IBP).
- Bloqueadores dos receptores H2 da histamina.
- Procinéticos.
- Antiácidos, alginatos e sucralfato.
- Tratamento cirúrgico
A principal intervenção cirúrgica utilizada na DRGE é a fundoplicatura.
O tratamento cirúrgico deve ser utilizado na impossibilidade de tratamento clínico.